segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Raiz de Amargura (Parte II).

Raiz de Amargura (Parte II).

Vimos como Satanás tem uma estratégia de ferir todos os homens. As feridas produzem mágoas e estas, por sua vez, desencadeiam a amargura e problemas vários, que se agravam cada vez mais. Ela é o terreno propício para toda sorte de mal. Representa uma estratégia do inimigo para provocar a separação e o ódio entre as pessoas.
A amargura é a maior arma à disposição de Satanás e, por meio dela ele tem deixado um rastro de destruição na Igreja, tudo porque irmãos cristãos deixam de lado o princípio do amor e do perdão.
O que é a amargura? É um sentimento de mal-estar, produzido pela ferida, ressentimento e mágoa. Esse sentimento dá lugar à quebra de comunhão e relacionamento.
Muitos cristãos são como uma maçã quando cai, e é ferida. Por vários dias não há sinal de estrago. Depois aparece uma mancha escura; a parte podre fica saliente e a maçã se estraga. É assim que a amargura funciona depois da ferida. Surge um incidente que parece não provocar danos. Acontece que em vez de se tratar da aparente machucadela, ela é alimentada. Há uma reação em cadeia. Primeiro, vem a ferida, aparentemente sem problemas. Segundo, a ferida é acalentada em banho-maria, acariciada, lembrada. Terceiro, aquela área começa a manifestar sinais de apodrecimento, ao se expressar em reações negativas, como silêncios vingativos, respostas ríspidas, isolamento, agressões. O fim é uma pessoa amargurada, cuja presença é evitada porque faz mal.
Como se alimenta uma ferida? Por exemplo: você recebe um bilhete com palavras duras. Você o lê e relê, chegando até mesmo e descorá-lo. Isso provoca sentimentos desagradáveis e você começa a monologar com a pessoa no mesmo tom. Ou alguém lhe disse uma coisa desagradável e você fica revivendo a cena. Essa é a maneira de alimentar as feridas que o Diabo lhe infligiu. Vai terminar apodrecendo. Você está em alguma atividade em casa, ou na rua, ou no trabalho, ou andando, ou deitado, e a mente se detém no incidente, lembrando a palavra dura, o ato de ingratidão de alguém querido, o esquecimento do seu aniversário, a incompreensão do cônjuge, e assim por diante. Sempre que sua mente se detém em lembranças desagradáveis, você está abrindo o caminho para que a ferida se degenere em amargura. A palavra de Deus diz taxativamente: "Que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados"(Hb. 12:15).
A amargura é apresentada aqui como uma raiz e que, portanto, vai se aprofundando, crescendo e produzindo seu fruto, afetando todo o estado de alma com a perturbação e contaminação dos que estão à volta.
Temos que tratar das feridas, antes que se forma uma raiz de amargura, Não adianta você dizer: "O Diabo não entra aqui". Dê-lhe uma brecha, e veja se ele não entra? Se você nasceu de novo, ele não tem acesso ao seu espírito, mas a sua alma pode até ser infestada de demônios, se você permite que a amargura e o ódio o dominem, pois o inimigo habita na terra por causa da amargura. Se você andar contrário à palavra, será atingido. Ora, a palavra diz: "Não alguma raiz de amargura". Permitir a amargura é andar em desobediência; andar em desobediência é sair da proteção Divina.
Note o que temos dito: Satanás nunca constrói uma base em alguma área da sua vida, sem que primeiro conquiste, para isto, um direito legal. Ele vem lhe ferir. Qual é o seu objetivo? Possuí-lo. Compete a você aplicar o perdão, a palavra de Deus e estar por cima da situação. Se você receber a ferida, e alimentar a mágoa, a amargura virá. Seu coração estará amargurado, a alma cheia de ódio, de falta de perdão e, nesta hora, ele entrará e destruí-lo-á e você sucumbirá. Poderá até mesmo, chegar a uma situação em que algum demônio nesta área vai lhe dominar. E se você se torna prisioneiro, precisará de uma libertação.

Saiba: o inimigo habita na Terra por causa da amargura.

A Amargura - O Veneno da Alma.


A amargura é resultado de feridas emocionais. Em primeiro lugar, provenientes do relacionamento entre pais e filhos, como vimos no item sobre feridas. A estratégia é usar os mais próximos de nós, porque quanto mais próximo, tanto mais profundas serão as feridas. Se fosse apenas uma questão de estranhos nos machucarem, seria mais fácil lidar com a situação. Os próprios pais, de quem não se podem separar e cuja memória é impossível de ser apagada, são os instrumentos mais eficazes dessas feridas que provocam a amargura na alma.
O relacionamento entre marido e mulher é outra fonte de feridas. Depois do relacionamento pais e filhos, o mais próximo é entre os cônjuges. Atrás da maioria das paredes das casas do mundo inteiro, ocorrem as mais diferentes cenas que deixam atrás de si um rastro de dor, lágrimas, sofrimento e sentimentos amargurados.
Que ódio cruel o de Satanás, que usa os mais queridos, mais amados, mais próximos, de quem se espera o amor, aconchego, compreensão, conforto e carinho, para estraçalhar o mais profundamente as almas dos homens! Graças a Deus por Jesus Cristo, que nos proveu um grande livramento e nos conduzirá à glória eterna.
A amargura envenena todo o sistema da pessoa. Manifesta-se de muitas formas, por exemplo, no que ela fala. O amargurado deixa extravasar em sua conversa o que está na alma. É por isso que ela se torna contagiosa, contaminando o ambiente que a cerca. É vista também nas atitudes da pessoa, que passa a ser ríspida, crítica e vingativa ou fechada.
A amargura manifesta-se ainda através de enfermidades físicas, tais como problemas nervosos, insônia, dor de cabeça, esgotamento, artrite, pressão alta, palpitações, taquicardia, úlceras, doenças de pele, e tantas outras. A maioria das enfermidades hoje é de fundo emocional e revela a incapacidade das pessoas de lidarem com os problemas da vida.
Entre oitenta a noventa por cento dos que buscam os consultórios e fazem exames de laboratório, não se constatam problemas físicos. As pessoas se sentem, verdadeiramente doentes, mas seus sintomas são provocados pelas angústias, temores, mágoas, pressões e amarguras. São problemas psicológicos, diria o médico. Para nós são problemas de ordem espiritual, afetando a alma e o corpo. Todo aquele que encontra o caminho daquela confiança em Jesus e da obediência à palavra de Deus, andando no Espírito, não será vencido por esses males.
A amargura contamina não só sua vítima, mas também os que a cercam. A contaminação de outro acontece porque freqüentemente a amargura se manifesta numa atitude crítica. A língua está afiada para criticar a tudo e a todos. Nada está bem. A conversa do amargurado gira em torno de suas próprias feridas, reais ou imaginárias, e o ambiente à sua volta se torna desagradável e provoca mal-estar. Hebreus 12:15, na Linguagem de Hoje, diz: "cuidado, para que ninguém se torne como uma planta amarga que cresce e prejudica muita gente com seu veneno"
A amargura é também responsável pela construção de paredes de isolamento. Primeiro, porque as pessoas se afastam, por não se sentirem bem. Se cada vez que a pessoa fala, despeja um "rosário de amarguras" nos ouvidos dos que a cercam, estes tenderão a evitá-la, e assim o amargurado traz sobre si um novo mal, o do isolamento, pelo que sua dor se agrava ainda mais. O remédio não é buscar alguém em quem descarregar nossas mágoas, mas ir a Jesus para sarar nossas feridas.

O amargurado, por outro lado, se isola, por medo de ser ferido novamente. Quando alguém faz declaração como: "Não confio em ninguém", "não creio em ninguém", “eu prefiro ter um cachorro como amigo”; fecha-se em seu mundo. É uma forma de proteção. Há um medo e desconfiança das pessoas. O medo de que as feridas internas e fraquezas sejam reveladas, também está por trás do isolamento. As pessoas se escondem atrás de uma máscara. Quem não tem o que esconder, não teme o convívio das pessoas.
A solidão é outra forma de isolamento. Ela não é marcada pelo número de pessoas que está à nossa volta, mas é um estado da alma. Alguém pode se sentir só em meio a uma multidão. Por outro lado, pode estar perfeitamente seguro e feliz, estando sozinho. Ninguém pode sentir-se só, quando tem um relacionamento sadio com Deus.
A amargura sempre resulta em relacionamentos quebrados. Quando alguém lhe dá lugar, seu relacionamento com a família e os amigos sofre constantes choques. Isso afasta dela as pessoas, e o diálogo é evitando, para não provocar maiores problemas. Quantas vezes isso resulta na separação definitiva entre pais e filhos e entre marido e mulher. Uma atitude crítica para com os outros faz com que o amargurado seja evitado.
Por tudo quanto dissemos, e muito mais, está claro que a amargura é de fato o veneno da alma, que lança em trevas o que por ela é dominada e contamina o ambiente, pelo que deve haver todo empenho em se obedecer a ordem da palavra de Deus: "Exercitai a precaução e estai de sobreaviso para vigiar um ao outro, para que ninguém se aparte e falhe em reter a graça de Deus (seu favor imerecido e bênção espiritual), a fim de que nenhuma raiz de ressentimento (rancor, amargura, ou ódio) brote e provoque problemas e amargo tormento, e muitos sejam contaminados e manchados por ela” (Hb. 12:15-v. Amp).
Pastor Carlos Alberto Alves.

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